Réquiem

É a Missa dos mortos — em latim, Missa pro defunctis ou Missa defunctorum — e "Requiem" significa Descanso e é a primeira palavra do do texto litúrgico, que começa com "Requiem æternam dona eis, Domine" (Concedei a eles o Descanso eterno, Senhor). 
    
A prece em honra do morto surge na liturgia cristã por volta do século II, mas posta em música somente a partir do século X, época dos Cantos Gregorianos. O primeiro Réquiem assinado pode ser o de Johannes Ockeghem, compositor flamenco (belga), que teria escrito sua Missa pro Defunctis na morte do Rei Carlos VII de França. Desde então, foram aparecendo Missas de Réquiem, obras geniais como as de Mozart (incompleta), Salieri, Cherubini, Fauré e do carioca José Maurício Nunes Garcia, sempre com o intuito de que a música sirva ao ritual religioso.

Durante o século XIX apareceram composições, como as de Verdi, Berlioz ou Dvořák, que utilizam o texto latino do Réquiem mas não foram concebidas para o serviço religioso, e sim pensadas e criadas para o ambiente da sala de concertos.

E existem ainda obras que utilizam-se da essência do Réquiem, mas sem obedecer à estrutura católica, como o Réquiem de Brahms, "Um Réquiem Alemão", partindo de uma seleção de textos escolhidos pelo próprio compositor na tradução luterana da Bíblia; ou o Réquiem "de Guerra" de Britten, que junta poemas de Wilfred Owen ao texto latino.