Variações

Chamamos variações, antes de um gênero de composição, a um recurso de linguagem musical largamente explorado pelos compositores. Dentro de qualquer obra, seja uma Sonata, ou uma Sinfonia, ou mesmo um Concerto, iremos encontrar passagens “em variação”, ou seja: a partir de um tema o compositor repete aquela idéia musical promovendo alterações, que podem ser mudanças rítmicas, ou inversões (entre melodia e acompanhamento, ou mesmo de trás-para-frente), ou esgarçando e apertando o tema.

São “Variações” aquelas obras que foram totalmente construídas pelo princípio de variações. Elas podem ser Variações de virtuosismo, para serem tocadas por um cravista ou pianista, como as “Goldberg” de Bach; podem ser concertantes, confundindo-se com o Concerto, mas estruturadas de maneira a beneficiar as variações, como as “sobre um tema de Paganini” de Rachmaninov; e podem ser sinfônicas, onde toda a orquestra colabora no sentido de dar ênfase às variações do tema, como as “Enigma” de Elgar, ou as “sobre um tema de Haydn” de Brahms.

© RAFAEL FONSECA

(1703) VIVALDI "La Follia"
(1740) BACH Variações "Goldberg"
(1863) BRAHMS Variações sobre um tema de Paganini
(1937) BRITTEN Variações sobre um tema de Frank Bridge