Compositor: Sergej Prokofiev
Número de catálogo: Op. 63
Data da composição: 1935
Estréia: 1 de dezembro de 1935 — Madri, Robert Soetens no violino, acompanhado da Orquesta Sinfónica de Madrid regida por Enrique Fernández Arbós
Número de catálogo: Op. 63
Data da composição: 1935
Estréia: 1 de dezembro de 1935 — Madri, Robert Soetens no violino, acompanhado da Orquesta Sinfónica de Madrid regida por Enrique Fernández Arbós
Prokofiev escreve este Concerto em homenagem ao violinista francês Robert Soetens, que havia executado com grande êxito a sua Sonata para 2 violinos, para quem Stravinsky também havia escrito um Concerto. O compositor pos-se então na estrada, acompanhando Soetens numa turnê e o Concerto foi sendo escrito entre Paris e Baku (no Azerbaijão). Ao chegar a Madri a composição estava concluída. A obra exige bastante do solista, mas não é um Concerto com as inovações estéticas que os Concertos para piano do autor trouxeram. Prokofiev encara o violino como um instrumento, antes de tudo, lírico.
São 3 movimentos na tradicional e clássica estrutura vivo-lento-vivo. Tudo começa com uma bela e reflexiva frase do violino solista, que logo vai ser contestada pela orquestra; era a época de uma "nova objetividade" que levou ao autor buscar simplicidade em seus trabalhos, o que confere a este primeiro movimento um caráter quase rústico. O movimento lento é de beleza comovente e direta. No terceiro movimento é tomado por uma atmosfera rude, mais corrosiva, o que o coloca em afinidade com muitas das criações desta década de 30, levando a música a um clímax nervoso de fim abrupto.
São 3 movimentos na tradicional e clássica estrutura vivo-lento-vivo. Tudo começa com uma bela e reflexiva frase do violino solista, que logo vai ser contestada pela orquestra; era a época de uma "nova objetividade" que levou ao autor buscar simplicidade em seus trabalhos, o que confere a este primeiro movimento um caráter quase rústico. O movimento lento é de beleza comovente e direta. No terceiro movimento é tomado por uma atmosfera rude, mais corrosiva, o que o coloca em afinidade com muitas das criações desta década de 30, levando a música a um clímax nervoso de fim abrupto.
© RAFAEL FONSECA
