Benjamin BRITTEN

Edward Benjamin Britten
Baron Britten, Lord Britten of Aldeburgh

Lowestoft, 22 de novembro de 1913 — Aldeburgh, 4 de dezembro de 1976

Catálogo Opus 1 - 96

Um dos melhores compositores ingleses do século XX, pianista e regente refinado, cujas gravações das Sinfonias de Mozart são mais um testemunho de sua sofisticação. Britten escreveu várias óperas, balés, música sinfônica, de câmera e vocal, esta última influenciada e dedicada a seu companheiro de toda a vida, o tenor Peter Pears, com quem Britten viveu por 40 anos, de 1936 até sua morte.

Entre 1939 e 1942 viveu nos Estados Unidos devido às posições pacifistas dele e de seu companheiro, naquele momento de uma Europa em guerra. Lá escreveu, entre outras obras, seu Concerto para violino e sua Sinfonia "de Réquiem".

Em 1942, em plena Guerra, Britten e Pears voltam para a Inglaterra. Seu primeiro sucesso foi a ópera "Peter Grimes" de 1945. Logo depois, segue para a Alemanha com o violinista Yehudi Menuhin para apresentar recitais aos sobreviventes dos campos de extermínio. Volta dessa experiência bastante abalado e vai re-encontrar sua alegria de compor na peça "Guia da orquestra para jovens" uma obra de 1946 que contrapõe um narrador à orquestra explicando-lhe as sonoridades, como uma aula-concerto.

Em 1948, junto com seu companheiro, funda na cidadezinha onde ele viveria seus últimos anos o Festival de Aldenburgh, onde ele estrearia suas óperas "Sonhos de uma Noite de Verão"em 1960 e "Morte em Veneza" em 1973. O festival ainda acontece anualmente, no mês de junho.

O ano de 1953 vai trazer preocupações terríveis com a polícia batendo à sua porta por conta de um Secretário de Estado que queria que as leis vitorianas (à época ainda em vigor) contra os homossexuais fossem aplicadas. Em 1962 estréia sua obra mais importante, o "Réquiem de Guerra", obra que segundo Shostakovich declarou, era a música mais importante do século XX.

Pouco antes de morrer, em 2 de julho de 1976, Britten — que já havia recusado o título de Cavaleiro, que lhe daria o direito de ser chamado Sir — aceitou receber o título de Barão de Aldenburgh.

© RAFAEL FONSECA