Serenata

As serenatas tem sua origem na função dos trovadores medievais (assim como as Canções). No Renascimento, o termo aplicava-se quando da homenagem musical feita à janela (em geral da amada, mas se podia homenagear um herói ou outra pessoa com música) ao cair da tarde.

No período Barroco as Serenatas (ainda com seu caráter poético de homenagem feita ao ar livre) tornaram-se verdadeiras cantatas descorrendo sobre feitos e eventos, para vozes e acompanhamento de instrumentos vários, sobressaindo-se aqueles de cordas pinçadas, como o alaúde. Há exemplos de Biber, Stradella, Alessandro Scarlatti e Antonio Caldara.

O ápice das Serenatas deu-se no Classicismo, inicialmente com peças mais intimistas para conjuntos que hoje veríamos como cameristas, mas logo Mozart daria atenção especial ao gênero criando obras ora para a orquestra de cordas, ora para sopros, ora para o instrumental sinfônico completo; sua obra mais célebre é a Serenata n. 13, a "Eine Kleine Nachtmusik" (Pequena Serenata Noturna).

No Romantismo a Serenata ganharia um caráter de "peça de época", em geral obras para o conjunto de cordas — como são as de Tchaikowsky, Dvořák e Elgar — com melodias cativantes, A partir do século XX a Serenata ganha os mais diversos tipos de tratamento, sempre tentando imprimir a idéia de uma música intimista. 

© RAFAEL FONSECA