(1838) SCHUMANN Sonata n. 2

Compositor: Robert Schumann
Número de catálogo: Opus 22
Data da composição: 1833 e 1838
Estréia: [provavelmente em audição privada, no ambiente doméstico]

Duração: cerca de 17 minutos
Efetivo: piano

Listam-se 4 Sonatas de Schumann, mas esta é a mais consistente delas, já que a número 4 ficou inacabada e a Terceira é um re-arranjo da obra intitulada "Concerto sem orquestra". De grande lirismo, a obra é disposta em 4 movimentos:

I. So rasch wie möglich — Schneller — Noch schneller
(Tão rápido quanto possível — Mais rápido — Mais rápido ainda)
Sem introdução, o tema é lançado diretamente, muito ágil e febril. Ao final do movimento o pianista se surpreende com a indicação de tocar ainda mais rápido; para no derradeiro fim do movimento se deparar com a indicação de "ainda mais rápido", num turbilhão .

II. Andantino: Getragen
(Passo de caminhada um pouco mais rápido: Carregando)
O movimento lento esbanja charme e intimidade. É uma das páginas mais belas para piano que o autor deixou, de um caráter sonhador e muito suave.

III. Scherzo: Sehr rasch und markiert
(Scherzo: Muito rápido e marcado)
Um típico Scherzo, de sabor beethoveniano, muito espirituoso e de senso de humor refinado e bem altivo.

IV. Rondò: Presto
(Rondò: Muito rápido)
Havia aqui, antes, um "Presto passionato", mas que segundo a avaliação de Clara Wieck — a futura Sra. Schumann, que nesta época era uma jovem talentosíssima de 14 anos — não fazia jus ao restante da obra. Anos mais tarde, ainda antes de se casar, em 1838, ele escreve um novo finale, este Rondò que temos hoje, que remete ao primeiro movimento, dando à Sonata a qualidade cíclica.
    
© RAFAEL FONSECA