(1855) VERDI Abertura "As Vésperas Sicilianas"

"Les vêpres siciliennes" (em francês, título da estréia em Paris em 1855)
"Giovanna de Guzman" (em italiano, título da estréia da versão italiana em Parma em 1855)
"I vespri Siciliani" (em italiano, título pelo qual a obra ficou conhecida depois de 1861)
(As Vésperas Sicilianas)

Compositor: Giuseppe Verdi
Número de catálogo: listada como as 20ª (em francês) e 21ª (em italiano) óperas do compositor
Data da composição: 1852 a 1855
Estréia: 13 de junho de 1855 em francês na Ópera de Paris, regência de Narcisse Girard / 26 de dezembro de 1855 em italiano no Teatro Regio de Parma, regência de Nicola De Giovanni

Duração: cerca de 9 minutos

Criada ao gosto francês para a Ópera de Paris, a Abertura desta ópera, pela riqueza melódica, permanece no repertório das orquestras e assim aparece com  bastante freqüência. A estrutura da Abertura é a seguinte:

Largo — Allegro agitato — Prestissimo
(Bem devagar — Rápido com agitação — O mais rápido possível)

Todos os temas que aparecem na Abertura são os temas principais da peça, que faz parte das óperas históricas de Verdi e trata da revolta dos italianos da Sicília em 1282 contra o Rei francês Carlos I, o Carlos de Anjou, filho do Rei Luís VIII de França. Carlos acabou morto e a Sicília passou a ser reinada pelo espanhol Pedro I, o Pedro III de Aragão.

O inçio da peça, a introdução (Largo) já remete a um clima angustiante; a flauta desenhará um pelo tema lírico (que na ópera repete-se na voz da heroína Helena), marcado por uma pulsação nervosa. O rufar do tambor desencadeia a segunda parte da Abertura (Allegro agitato), onde temos contato com a violência do massacre; daí deriva a mais bela frase da Abertura, nos violoncelos, ao segue-se um desenvolvimento que mistura outros temas, volta-se ao belo tema dos violoncelos e termina-se com um final bastante exigente para toda a orquestra.

© RAFAEL FONSECA