Ottorino RESPIGHI

Ottorino Respighi

Bolonha, 9 de julho de 1879 — Roma, 18 de Abril de 1936

Catálogo: P 1 - 180 ("Catalogo delle composizioni di Ottorini Respighi" organizado, em divisão por gêneros, por Potito Pedarra em 1985)

O lugar de Respighi na música italiana é peculiar e importantíssimo: a Itália do século XIX custou bastante a ouvir pela primeira vez uma Sinfonia de Beethoven, por exemplo. Só a ópera interessava, e só a ela se dedicavam Rossini, Verdi ou Puccini. Coube a Respighi, depois desse hiato de cerca de um século, restituir a música sinfônica na terra de Corelli (o primeiro compositor a desafiar a ordem vigente do Barroco e não escrever música vocal de espécie alguma).

Com 12 anos ele estava inscrito no Liceu Musical de sua Bolonha natal para aprender violino. Em 1900 e 1901 ele estava em São Petersburgo, aprendendo com Rimsky-Korsakov. Em 1908 e 1909 ele estava em Berlim, aluno de Max Bruch. Entrementes, tocou de 1903 a 1908 violino (e ora viola) num importante Quinteto de Bolonha. Em 1913 é contratado como professor de composição na Academia de Santa Cecília de Roma, e em 1924 será nomeado diretor da instituição; mas em 1926, frente ao sucesso de suas obras e os convites para reger, teve de entregar o cargo.

Seu resgate das formas antigas, passadas por um filtro moderno — mas sem a ruptura proposta por um Schoenberg — ligado ao pós-Romantismo de seu mestre Rimsky-Korsakov, e também de Richard Strauss ou Debussy. Respighi foi buscar formas desde o cantochão medieval, passando pela maestria concertante dos primeiros Concertos e Sonatas do alvorecer do Barroco, unindo-as à tradição do bel-canto Romântico e do truinfante Verismo. A mistura deu certo e tem sabor único.

© RAFAEL FONSECA

Catálogo Pedarra:

P 91 - Quarteto "Séria é a Vida, Alegre é a Arte"
P 101 - Il Tramonto


Obras em ordem cronológica:

(1909) Quarteto "Séria é a Vida, Alegre é a Arte"
(1914) Il Tramonto