(1988) PANUFNIK Sinfonia n. 10

Symphony No. 10

Compositor: Andrzej Panufnik
Número de catálogo: não tem
Data da composição: 1988, revisada em 1990
Estréia: 1 de fevereiro de 1990 — em Chicago, com a Sinfônica de Chicago sob regência do autor

Duração: cerca de 17 minutos
Efetivo: 3 flautas, 2 oboés, 3 clarinetas (uma delas alternando com clarineta-baixo), 2 fagotes, 1 contra-fagote, 6 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, caixa-clara, tambor, bumbo, pratos, gongo, tam-tam, 1 piano, 1 harpa, cordas (primeiros-violinos, segundos-violinos, violas, violoncelos, contra-baixos)

A obra foi encomendada pelo maestro Georg Solti para comemorar o centenário da Orquestra Sinfônica de Chicago. Saibamos da obra pelas palavras do próprio compositor:

"A encomenda foi uma grande honra e um enorme desafio. Minha primeira idéia foi a de escrever uma peça com virtuosismo pirotécnico para tirar pleno partido da célebre capacidade técnica da Orquestra. No entanto, por fim eu decidi que a melhor homenagem a estes brilhantes músicos seria uma Sinfonia que, através de várias combinações de grupos de instrumentos, poderia demonstrar a sua suprema qualidade de som, sua musicalidade coletiva e sua humanidade, na capacidade de transmitir intensos e profundos sentimentos. 

O material musical dessa Symphony No. 10 consiste em linhas melódicas tonais num fluxo simultâneo de células 3 notas refletidas e transpostas. Ela é escrita em um movimento contínuo, em quatro seções: Allegro moderato — Largo — Presto — Adagio (Moderadamente rápido — Muito lento — Correndo — Com calma). A primeira parte tem o caráter de uma chamada. As seções a seguir, são meditativas em caráter, construindo gradualmente um clímax, que é subitamente interrompido, deixando no ar as vibrações das cordas do piano, de onde emerge a seção final, como uma oração para finalizar a sinfonia. 

Como em minhas Sinfonias anteriores, a beleza e as forças místicas da geometria me influenciaram na concepção global. O esqueleto invisível da sinfonia é a "elipse de ouro"; uma moldura curva me guiou na ordenação das contrações e expansões expressivas de textura musical. A música progride ao longo de seu curso elíptico por uma órbita e meia, até que de repente ela estica em uma nova trajetória que leva à conclusão da Sinfonia".

© RAFAEL FONSECA / ANDRZEJ PANUFNIK

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