(1924) SIBELIUS Sinfonia n. 7

Konsertföreningen (Fantasia sinfônica, título depois abandonado)

Compositor: Jean Sibelius
Número de catálogo: Opus 105
Data da composição: 1918 a 2 de março de 1924
Estréia: 24 de março de 1924 — Estocolmo, regência do autor

Duração: 20 a 24 minutos
Efetivo: 2 flautas, 2 piccolos, 2 oboés, 2 clarinetas, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tímpano, cordas (primeiros e segundos violinos, violas, violoncelos e contra-baixos)

De forma totalmente incomum, num único movimento ininterrupto, a obra estreou como Fantasia Sinfônica, e somente mais tarde, na publicação como seu opus 105 é que Sibelius deu a ela o devido título de Sétima Sinfonia.

Adagio — Allegro moderato — Vivace — Presto — Adagio
(Lento — Rápido moderado — Vivo — Muito rápido — Lento)
O plano inicial era fazer uma obra em 3 movimentos, mas depois Sibelius adotou um único movimento ininterrupto que, na verdade, tem muito mais indicação e nuanças de tempo que o plano geral exposto acima. Difícil descrever a obra que mais parece uma monumental Passacalha, com várias passagens e atmosferas, cheia de mistério, contemplativa e suavemente lírica. No Adagio inicial, uma atmosfera pesada, com um impactante e sombrio solo de trombone; a seção central parece-se com um Scherzo, e tudo caminha para terminar novamente em Adagio, quando uma bela frase das cordas sozinhas, atingindo um êxtase musical, conduz a um finale que termina em suspiro.

O velho maestro russo Koussevitzky era seu forte defensor e chamou-a de "Parsifal finlandês". E trata-se de um Canto-de-cisne: após sua conclusão, uma Oitava Sinfonia foi destruída pelo compositor e Sibelius ainda viveria mais 3 décadas sem escrever outra obra importante, num silêncio ensurdecedor.

© RAFAEL FONSECA